domingo, 1 de maio de 2011

Rapidinhas:


Menomena - Mines

Mines é o quarto disco dos norte-americanos Menomena, mas, tendo em conta a anterior discografia da banda, poderia ser o primeiro. I Am the Fun Blame Monster!, o verdadeiro primeiro disco da banda de Portland, poderia ser o disco da fase em que se correm todos os riscos - isto se não fosse o primeiro álbum. Os Menomena escolheram um caminho, mas poderiam ter escolhido outro - e não é sempre assim? Começaram por ser um objecto estranho no início da década dos zeros, numa altura em que se bradava aos céus pelo ressuscitar do rock mais cru via Strokes e White Stripes. Chegam-nos hoje, mais ambiciosos que nunca, com coros, sopros, pormenores épicos, letras que contam bebedeiras e terramotos no Japão (premonição?) e títulos de canções que mais parecem pertencer a deuses gregos. E um grande disco.

8/10

Cold War Kids - Mine is Yours

Não sabemos se gostamos ou não da voz de Nathan Willett, sabemos sim que, ao terceiro disco, os Cold War Kids depararam-se com dois possíveis caminhos: 1 - fazer um disco alt-rock-indie-soul e continuar a levar pancada da crítica; 2 - Colocar em prática um plano que exigiria uma volta de, pelo menos, 90 graus na sonoridade e continuar a levar pancada, mas já no patamar de uns Kings of Leon. Está à vista que os "miúdos" escolheram a segunda opção e para isso recrutaram gente entendida no assunto, Jacquire King, o homem por trás da produção de Only By the Night dos Kings. Mine is Yours é, portanto, o disco mais ambicioso da californiana, sendo os primeiros temas claramente candidatos a hinos de estádio. Mine is Yours falha quando quer ser épico por ser épico. Aqui os Killers, ali os U2, acolá um piscar de olhos ao passado (em "Cold Toes on the Cold Floor", em que vão dos White Stripes aos Black Keys). Não é tão mau como uns dizem, nem tão bom quanto outros apregoam - e, sim, pode existir um meio-termo.

6/10







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