[Música] Arctic Monkeys - Humbug

Ao terceiro disco, os Arctic Monkeys (AM) deixam de ser a banda preferida de uma classe de miúdos sub-16, cuja primeira banda de eleição foi precisamente a de Alex Turner e companhia. Os primeiros desertores terão abandonado o barco quando repararam que Favourite Worst Nightmare não tinha "I Bet You Look Good On The Dancefloor" no alinhamento. Com Humbug a coisa complica-se ainda mais.

Favourite Worst Nightmare, o agradável segundo disco dos AM, já levava com qualquer coisa de Queens Of The Stone Age - foram os próprios elementos do grupo que admitiram ter andado a ouvir a discografia da banda de Josh Homme, antes da sua edição. Pois bem, Humbug é negro e, por vezes, psicadélico. Mostra uns Monkeys esforçados em manter a sua personalidade, mas nota-se que há dedo alheio. A marca de Josh Homme? Há vários exemplos: algumas guitarras sombrias, o óptimo solo de "Crying Lightning", os coros de "Dangerous Animals" e "Fotion Approaching"....só para mencionar os mais óbvios.

Mas é logo à primeira canção que os quatro de Sheffield mostram-nos ao que vêm: voz sussurrada e guitarra maravilhosamente sombria que se arrasta até ao final da canção. Há ainda "Dance Little Liar" com os Monkeys a viajarem pelo Velho Oeste. No fim, o rebuçado para os fãs da velha guarda, "Pretty Visitors", a canção que menos fica a dever aos discos anteriores.

No final, os cerca de 40 minutos sabem a pouco. O que só pode ser bom sinal.

8/10

[Música] Hidden Cameras com novo álbum em Novembro

Os Hidden Cameras editam o sucessor de Awoo no próximo dia 2 de Novembro. Entretanto a banda disponibilizou de forma gratuita a canção "Walk On", no site oficial da editora. O single de avanço é "In The NA" (vídeo em baixo).

[Música] The Horrors - Primary Colours

Primary Colours é o segundo álbum dos Horrors e é muito diferente do debutante Strange House. Ao que parece, a generalidade da crítica parece preferir o segundo disco da banda britânica. Nós não.

O álbum de estreia do quinteto - outrora «garageiro» - era uma crua amostra de esquizofrenia e imprevisibilidade que continha a urgência dos Nirvana e a raiva industrial dos Nine Inch Nails. Primary Colours é o álbum a que se convencionou chamar o «álbum da maturidade». As referências mudaram. Estão por cá os Bauhaus, Joy Division, os Bravery, Nick Cave e até os My Bloody Valentine quando os décibeis sobem um pouco mais. Boas referências, pois claro. Mas até os White Lies têm boas referências e não é por isso que deixam de ser copistas. E os Horrors não fazem grande esforço por descolar dessas referências..

Alega-se que estão adultos, mas é um crescimento, até certo ponto, chato. Com Strange House eram sem abrigo desmaselados. Agora já têm casa. Aliás, são gente abonada e aciada.

A favor, os Horrors têm o facto de Primary Colours não ser um mau álbum e de não fazerem duas vezes a mesma coisa.

6/10

[Música] Primeiro disco dos Nirvana reeditado em Novembro

A Subpop vai reeditar, no próximo dia 3 de Novembro, Bleach, o primeiro álbum dos Nirvana. A edição visa comemorar os 20 anos desde a edição do disco que inclui "About a Girl". Segundo o Pitchfork, o pacote incluirá ainda um espectáculo ao vivo inédito no Portland Pine Street Theatre e fotos nunca antes vistas.

[Música] Raveonettes com novo álbum em Outubro

In And Out Of Control, o novo álbum dos The Raveonettes, é editado no próximo dia 5 de Outubro - sim, no dia em que Portugal festeja mais um aniversário da Proclamação da República - e conta com Thomas Troelsen (da DFA Records) na produção. De acordo com o NME, o disco foi escrito e gravado em três semanas. In And Out Of Control sucede Lust Lust Lust, um dos grandes discos de 2008.

[Música] The Dead Weather - The Dead Weather

Há qualquer coisa de terrorifico na capa do álbum de estreia dos Dead Weather, o mais fresco supergrupo do momento que inclui Alison Mosshart ou VV (como preferir) dos Kills, Jack White dos White Stripes, Raconteurs, dele próprio (a solo) e de todos nós, já agora, que, no fundo, somos quem mais lucra com o apetite criativo do Senhor - mesmo assim, com letra maiuscula. Fazem ainda parte do rol de estrelas Dean Fertita, ex-guitarrista dos Queens of The Stone Age, e Jack Lawrence, homem de confiança de Jack White e baixista dos Raconteurs.

Gravado em três semanas - tinha que ter o dedo de White -, em Nashville, The Dead Weather anda longe do minimalismo que caracteriza os Kills ou os White Stripes. É claro que a marca de água destas bandas por lá continua, mas este é o projecto mais sombrio de Jack White. É o inferno desolador, sexual e lascivo tal como Dante o idealizou.

Recuemos. Já deviamos tê-lo mencionado. Jack White não canta. Quer dizer, canta mas não é o vocalista. Jack White é o baterista. Era isto que queriamos dizer. Está na bateria, mas também faz algumas vozes e nota-se que há o seu dedo em algumas guitarras. O Jack White dos sete oficios igual a si próprio, portanto. A maior parte das cantorias ficam para uma selvagem Alison Mosshart.

Atentemos a "60 Feet Tall" que começa com uma guitarra sombria muito à Queens of the Stone Age. Não é grande a surpresa. Também não é grande surpresa que esteja por aqui uma das grandes canções do ano, essa explosiva "Treat Me Like Your Mother" que é um primeiro single tão bem escolhido.

Há quem diga que já estão a trabalhar num segundo disco. São boas notícias, pois claro!

7/10

[Música] - Faith No More actuaram ontem no Sudoeste TMN

Os grandes cabeças de cartaz do Festival Sudoeste TMN 2009 actuaram ontem à noite e a crítica é unânime, os Faith No More deram o concerto do evento. A Sic Radical conseguiu a transmissão de três canções.

[Música] - Kasabian - West Ryder Pauper Lunatic Asylum

Ao terceiro disco confirma-se: os Kasabian são a banda mais parecida com os Oasis no planeta Terra - dois músicos comandam a banda e dois músicos são coleccionadores de bitaites megalómanos. E, claro, ambas querem fazer discos maiores que a vida. A diferença é que estes senhores não despedem músicos de álbum para álbum. Ainda bem. Se há coisa que os Kasabian não soam é incaracterísticos.

Até agora fomos dizendo que os Kasabian são ambiciosos. Hoje, com West Ryder Pauper Lunatic Asylum já não há como negá-lo. Este novo disco é uma «grandiosa» actualização de reportório. Parece que os Kasabian pegaram na sua anterior discografia e criaram um novo disco com base no seu próprio passado. West Ryder... não é absolutamente original mas, ao contrário do que muitos poderiam pensar, é um bom disco electro-rock psicadélico.

Mas o que é isso de actualizar o reportório com base no seu próprio passado? Oiça-se "Underdog" - ácida até dizer chega - e descortine-se as premissas que fizeram de "Club Foot" um dos primeiros hits da banda. "Where Did All The Love Go" - é muito óptima canção - passa por uma actualização de "Empire" (já de si uma enorme canção). "Swarfiga" mostra que o amor dos Kasabian aos instrumentais não desmoreceu e "Ladies And Gentleman, Roll The Dice" é a balada de serviço - há sempre uma nos discos dos Kasabian -, não mais que razoável. Há ainda novidades como "Thick As Thieves" com os Beatles e os The Kinks a batalharem por algum destaque e "Vlad The Impaler", uma espécie de rock «rappado» - a prova (única?) de que o produtor Dan The Automator (Gorillaz) tem mão neste disco.

Os Kasabian são uma das boas bandas deste século. Empire já era um óptimo disco, superior à morna e muito overrated estreia homónima. West Ryder... sobe ainda mais a fasquia e confirma os Kasabian como uma das bandas mais ambiciosas deste tempo que é o de agora. «Falta-lhes um bocadinho assim».

6/10

[Música] - Paul Banks (Interpol) colabora com Emily Haines (Metric) em novo vídeo

Julian Plenti, ou seja, o projecto a solo de Paul Banks, vocalista dos Interpol, tem um novo vídeo. A canção é "Games For Days" e conta com a colaboração de Emily Haines, a líder dos Metric. Julian Plenti is...Skyscraper é o primeiro disco a solo de Banks e aproveita o hiato dos Interpol. Curiosamente a sonoridade deste novo projecto não se diferencia muito da sua banda principal.

[Música] Novo grupo de Josh Homme, Dave Grhol e John Paul Jones já tem nome

O supergrupo formado por Josh Homme, vocalista/guitarrista dos Queens of The Stone Age, Dave Grhol, vocalista/guitarrista dos Foo Fighters e John Paul Jones, antigo baixista dos Led Zeppelin já tem nome. Them Crooked Vultures é o nome do projecto que já pode ser acompanhado no twitter (http://twitter.com/crookedvultures). Relembre-se que Dave Ghrol já colaborou com os Queens of The Stone Age de Josh Homme no já clássicos Songs for The Deaf. O vídeo em baixo é relativo a essa digressão.