segunda-feira, 30 de novembro de 2009

[Música] Apparatjik editam primeiro single


Os Apparatjik, que não é nome de banda metal underground finlandeza, mas sim oprojecto paralelo de Guy Berryman (Coldplay), Magne Furuholmen (A-ha) e Jonas Bjerre (Mew) anunciaram que vão editar o primeiro single.

A canção chama-se “Electric Eye”. É interessante e pode ser ouvida em baixo:

[Música] Aleluia irmãos: novo disco de Arcade Fire em 2010


É bem capaz de ser a grande notícia do mês para para muito boa gente. Os Arcade Fire, uma das maiores coqueluches da década, regressam aos discos em 2010.

Quem o confirma é a Mercury, a editora da trupe canadiana. De momento os Arcade Fire estão em estúdio a preparar o sucessor de Neon Bible.

Se todas as canções forem metade do que esta "Wake Up" é, então temos disco:





[Música] Radiohead e Elbow doam objectos para leilão


Radiohead e Elbow, duas das maiores instituições indie do momento, vão doar objectos para leilão com o objectivo de angariar fundos para a Music Beats Mines.


A campanha visa o apoio a vítimas de minas, principalmente nos países de terceiro mundo, em que muita gente continua a morrer, mesmo já tendo passado imenso tempo desde o fim do conflito.

Os Radiohead doaram o artwork de Kid A autografado. Os Elbow também doaram vários objectos e Guy Garvey gravou o vídeo que pode ser visto em baixo:



sábado, 28 de novembro de 2009

[Música] Sunshine Underground com novo disco

Os Sunshine Underground, banda indie que gerou algum borburinho com o seu rock dançável, há coisa de dois anos, vão editar o segundo disco no próximo dia 10 de Fevereiro.

O sucessor de Raise The Alarm chama-se Nobody’s Coming To Save You, e é precedido do single “We’ve Always Been Your Friends”.


Oiçamos "Comercial Breakdown" e nada temam, pois anda longe do nivel de irritação do hit "Put You In Your Place"



sexta-feira, 27 de novembro de 2009

[Música] Owen Pallett regressa a Portugal


Segundo o Diário de Notícias, Owen Pallett, músico mais conhecido por Final Fantasy, regressa a Portugal para um concerto no Teatro Maria Matos, no dia 10 de Março de 2010.

O violinista deu o salto definitivo quando colaborou num milagre chamado Funeral, disco de estreia dos Arcade Fire. A solo afirmou-se com dois discos: Has a Good e Home He Poos Clouds. Em Janeiro de 2010 edita um novo disco que se vai chamar Heartland.

[Música] Vídeo: The Subways - Rock & Roll Summer 2009

Já não é novo - não tem menos que uma semana - mas é óptimo. É uma espécie de trailer da tourné de Verão deste 2009 que agora está a chegar ao fim. E tem umas boas razões para achar que já tarda uma actuação destes senhores por cá.

[Música] Graham Coxon grava banda sonora

Enquanto os Blur voltam a hibernar, o guitarrista Graham Coxon anuncia que gravou a banda sonora de um novo filme britânico. Sem adiantar grandes pormenores, Coxon referiu que o filme deverá sair no próximo ano e é um “freack thriller” – em português daria algo como um thriller pouco normal. «Os produtores deram-me alguns temas para tratar e acabei com 13 ou 14 canções. São 45 minutos de música. É um álbum muito estranho.»

Entretanto oiça-se a altamente Blur “Bittersweet Bundle of Misery” de Hapiness in Magazines, o quinto de sete discos a solo. O músico editou este ano um morno The Spinning Top que tem passado ao lado da boa parte dos ouvidos melómanos.



sábado, 21 de novembro de 2009

[Música] Noah And The Whale - The First Days Of Spring


"A experiência de voltar a viver a ferida do passado é mais forte do que a vontade de a esquecer. E assim a existência do ressentimento mostra como é artificial o corte entre o passado e o presente." Marc Ferro

Haverá razões para afirmar que Laura Marling - ex-voz dos Noah And The Whale que seguiu carreira a solo no ano passado - lixou Charlie Fink, vocalista, mentor e cérebro dos Noah And The Whale? Há e não há. Sim, é verdade que Laura não regressou à sua banda desde que o sucesso a nível individual lhe bateu à porta. É verdade que, por arrasto, deixou o ex-namorado, o tal Charlie Fink, na penumbra. Mas e se nada tivesse acontecido? Provavelmente teríamos outro Peaceful, The World Lays Me Down, disco de estreia dos Noah And The Whale, que, colocado ao lado deste First Days Of Spring soa a brincadeira de crianças. Em Peaceful... cantava "How Could You Believe In Love When You Don't Believe In God". No espaço de um ano (adivinhamos nós) virou ateu. Deixou de acreditar em Deus. Deixou de acreditar no amor.

Muito se tem discutido acerca do estado de espírito de Fink, aquando da escrita das letras para estas canções. É amargura. É dor de corno. É testamento sem réstia de esperança ou vida. Não é só isso. Há uma luz no fundo do túnel. Atente-se, por exemplo, ao próprio título do disco: First Days Of Spring. Parece adivinhar que melhores tempos virão. Confirma-se logo ao primeiro tema, homónimo, Fink começa o disco com um "First Days Of Spring / And My Life's Starting Over Again". Há esperança, há um começar de novo, uma força que o impele a avançar. Mas para cada frase de esperança há logo outra que a contradiz e nos mostra que afinal as coisas ainda não estão resolvidas: "I'm Still Here Hoping That Someday You May Comeback". É o maldito do ressentimento, já o dizia Marc Ferro.

É um disco de paisagens. Ora estamos numa cabana no meio de nenhures a ouvir a água de um rio a correr como na passagem da bela "Our Window" para "I Have Nothing", ora ficamos no recanto do lar, com uma tempestade lá fora e a banda sonora ideal que são as canções de Fink e companhia. Folk e pop sinfónica (os instrumentais e "Love Of An Orchestra"), o melhor dos dois mundos.

First Days of Spring é um manual do artista desencantado, de mal com a vida, um poço de frustrações e possibilidades (esperanças) que sabemos que podem não se cumprir. É um desabafo. Um dos melhores desabafos dos últimos tempos.

8/10

sábado, 14 de novembro de 2009

[Música] xx - xx

Os xx são o hype do ano. Os xx fazem música minimalista. Não há mal nenhum em fazer música minimalisia . Mesmo se não quisermos ir ao minimalismo em estado puro – Young Marble Giants e afins –, basta pensar num duo como os White Stripes que conseguiram com uma guitarra, bateria e teclados criar alguns dos melhores discos da década.

Os xx ão britânicos, têm todos 20 anos de idade - daí a designação "xx", que não, não tem nada a ver com pornografia - e passeiam no limiar que separa o r&b do indie-pop. Pop! É isso mesmo: POP! Os xx são pop e podiam ter chamado Timbaland para produção. A ovação da crítica (unânime, diga-se) não seria a mesma, mas o resultado não estaria muito longe disto.

As vozes são mansas e querem soar bem, demasiado bem. É tudo muito certinho e direitinho. Uma produção corta e cola que nos leva a outro problema: a previsibilidade. Não há sentimento nem paixão na estreia destes jovens. É tudo a despachar, tudo muito preguiçoso. Tudo não. Quase tudo. "Infinity" e "Fantasy" são interessantes e esta última, esta sim, tem o tal sentimento/paixão.

O problema é que para cada passo na direcção certa, os xx têm dois ou três na direcção errada. Logo à segunda faixa ficamos desconfiados. Não é que os rapazes (e rapariga) se lembraram de colocar logo no início da canção a mesma melodia de "Geraldine" dos Glasvegas?

4/10