Higher Than Stars é o típico ep de uma banda que não quer ser desaparecer tão rápido como apareceu. A explosão dos The Pains Of Being Pure At Heart (TPOBPAH) deu-se ainda este ano, no primeiro semestre, com um óptimo álbum homónimo. The Pains Of Being Pure At Heart, o disco, trazia ecos dos anos 80, os anos 80 dos My Bloody Valentine e do shoegaze, passe a redundância. Canções como "Stay Alive", "The Tenure Itch" e "Everything With You" são canções maiores que deveriam figurar em qualquer lista de balanço anual.
Não sabemos se será pura ingenuidade ou se uma tendência clara para se auto-ridicularizarem, mas este ep volta a ter um dos piores títulos do ano. Sim, também temos vergonha de dizer aos amigos que encontrámos uma banda que é óptima, mas que se chama The Pains Of Being Pure At Heart. Vale-lhes o conteúdo. E aí a matéria-prima passa de um escalão muito sub-16 para um bom gosto tremendo de quem passou a infância a ouvir os discos dos Dinosaur Jr., Pixies e Smiths.
"Higher Than Stars", canção de todas as cores do arco-íris, aponta novos rumos. Pena que não seja para continuar. "103" remete-nos imediatamente para uma "Come Saturday" e "Twins" para uma "Young Adult Fiction". No fim há uma bela remistura de "Higher Than Stars", cortesia de St. Etienne e Lord Spank.
Passado, presente e futuro convergem neste segundo capítulo discográfico dos TPOBPAH. Para onde ir? Parecem indecisos, mas pelo menos não serão esquecidos. Para já.
6/10
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