sexta-feira, 26 de junho de 2009

[Música] - Longa vida ao rei

De jovem talentoso a rei da pop, Michael Jackson marcou gerações de músicos, fabricou um cojunto de obras-primas e inventou um estilo, o estilo Michael Jackson. Morreu ontem, na sua residência, na Califórnia, vítima de uma paragem cardíaca.

Miguel Esteves Cardoso escreveu uma vez na sua coluna do então semanário Blitz, em 2004, que, quando lhe pediam para recomendar o disco de um artista indicava, para começar, um álbum menos mediático na carreira discográfica do visado. Com Michael Jackson é impossível. De Got To Be There ao pouco consensual Invincible, passando pelos inevitáveis Off The Wall, Thriller e Bad, Jackson deixou um legado impossível de omitir.

Mas a carreira de Michael Jackson não se pode resumir aos seus discos a solo. Antes, com os Jackson Five, marcou uma época na Motown, a mais importante editora de música negra dos anos 60 e 70. Com nomes tão importantes como Louis Armstrong, Ella Fitgerld, Nat King Cole, Marvin Gaye ou as Supremes de Diana Ross, os cinco Jackson's tornaram-se um sucesso de vendas com canções como "I Want You Back" e "I'll Be There" a tornarem-se clássicos instantâneos.

Em 1975, os Jackson Five deixaram a Motown e passaram a chamar-se apenas The Jacksons. Michael torna-se no principal compositor do grupo e canções como "This Place Hotel" e "Can You Feel It?" confirmaram, Michael Jackson tinha "qualquer coisa". A partir dos The Jacksons, a carreira de Michael disparou. Off The Wall preparou terreno para Thriller, aquele que muitos consideram ser o álbum mais importante do século XX. Canções como "Thriller", "Billie Jean" e "Beat It" estão por toda a parte. Se os Beatles inventaram a pop, Michael Jackson actualizou-a.

Nem os escândalos que assombraram o músico nos últimos tempos conseguiram demover os imensos fãs de Jackson que hoje choram a sua morte. Para o provar basta recordar que, em Março, quando anunciou um conjunto de 18 datas, em Londres, a corrida aos bilhetes foi tão fervorosa. que o músico foi obrigado a alargar para 50 o número de espectáculos.

Tal como o rei do rock Elvis Presley, Michael Jackson, o rei da pop, não morreu, é eterno. Celebremos o seu legado.

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