Rapidinhas:

Kings of Leon - Come Around Soundown: Os Kings of Leon já foram indie(s) cheios de coolness, mas não é por aí que serão lembrados pelas massas. Only by the Night tornou-os grandes demais para continuarem a ser protegidos pela facção mais alternativa e transformou-os num alvo fácil. De resto, a banda dos irmãos Followill pôs-se a jeito - depois de ter considerado "Sex on Fire" - a canção que os agigantou - "um pedaço de bosta", a banda do Tennesse aproveita as chatas comparações com os U2 para, entre coros gospel e outros adornos avulsos, abraçar as massas com este Come Around Sundown. Os Kings of Leon fazem lembrar um reality show - quanto mais baixo vão, mais audiência têm.

3/10

The Radio Dept - Clingign to a Scheme (na foto): A capa do terceiro disco dos Radio Dept, Clinging to a Scheme, à primeira vista, parece mostrar um Neil Young de outros tempos. Se nos deixarmos de concentrar na capa, chegamos à conclusão de que os Radio Dept não andam aqui a enganar ninguém - logo à segunda canção (e que senhora canção), "Heaven's on Fire", "samplam" Thurston Moore a apelar à destruição do "falso processo capitalista que está a destruir a cultura juvenil". Não andam a enganar ninguém porque, para além das suaves referências aos Sonic Youth de Moore, há shoegaze e uma ou outra referência ao Bronx - "David" podia ser do mestre Jay-Z e produzida por Dr. Dre. Puro e onírico, Clinging to a Scheme acaba por saber a pouco fruto dos efémeros 34 minutos que o compõem.

6/10

Alter Bridge - AB III: Depois de Blackbird, o melhor disco dos quatro que compõe esta super-banda - neste caso, o conceito acaba por ser algo discutível - os Alter Bridge fazem das premissas para este AB III - piscar de olho aos Led Zeppelin? - as mesmas do seu antecessor: melodias orelhudas, solos compridos e riffs "catchy" num disco que quer ser épico - baladuchas chatas que só ocupam espaço -, mas que acaba por resultar num redondo falhanço que, como em tudo, muitos poderão abraçar.

3/10