Kanye West é, por esta ordem de ideias, viciado no Twitter, um sabotador de discursos, obcecado pela luta contra o racismo, polémico e precipitado. Kanye é uma estrela do século XXI, a maior da sua geração. Um gajo cheio de talento, um génio nas horas vagas.
A promoção de My Beautiful Dark Twisted Fantasy passou por várias fases – as “Good Fridays”, em que West oferecia, todas as Sextas-Feiras, uma canção a quem a quisesse descarregar e, depois, a curta metragem de cerca de 30 minutos para “Runaway”. Era o disco mais esperado e antecipado do último trimestre de 2010. Em entrevista ao Kanyeuniversecity.com, o músico referiu: “Este disco está um passo afrente do rap”. Ouvindo My Beautiful Dark Twisted Fantasy, o quinto disco de Kanye the West, não podiamos estar mais de acordo.
Depois do pequeno passo atrás que foi 808 and Heartbreak, West regressa com o verdadeiro successor de Graduation, a obra-prima de 2007. E, para tal, convocou uma armada de convidados encabeçada por Jay Z e RZA, mas que conta também cm Nicki Minaj, Rick Ross, Kid Cudi e um surpreendente Bon Iver.
My Beautiful Dark Twisted Fantasy é Kanye em grande forma. É Kanye a denunciar o quão diabólicas podem ser as tecnologias: “Hey teacher, teacher / Tell me how do you responde to students / And Refresh the page and restart the memory?”. É Kanye a trabalhar um sample fabuloso de Mike Oldfield e a agigantar-se num outro dos King Crimson. É Kanye a dar mais uma prova de que o seu ego e ambição não têm limites: «I’m living in that 21st century doing something to it / Do it better then anybody ever seen do it”. É Kanye em estado de graça a espalhar confiança: “More Specifically they can kiss my ass hole / I’m an asshole? You niggas got jokes”. E é Kanye a dar-nos clássicos instantâneos como “Dark Fantasy”, “Power”, “Monster” e “Runaway”.
Kanye's not the West. Kanye’s the Best.
9/10
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