segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

[Crítica] Hot Chip - One Life Stand


Desta vez parece que é mesmo a sério. Acabaram-se os vídeos jocosos e as canções de auto-paródia. Já não há espaço para brincadeiras. Este é o álbum da maturidade, dizem os Hot Chip. É fácil acreditar. Não é por pisarem terrenos mais arriscados – o que, de facto, até acaba por acontecer -, a base continua a ser só uma: electro-pop pegajosa.

Também não há por aqui uma nova "Over And Over" ou uma versão actualizada de "Ready For The Floor", esses grandes êxitos synth-pop da última década capazes de gerar declarações de amor/ódio. Na verdade, as canções andam todas acima dos quatro minutos. Mas surpresa, surpresa a sério é "Slush", balada ao piano que poderia ter sido escrita por um Michael Jackson mais lamechas – um corpo estranho num disco que se quer de dança.

Agora o que não mudou: o tom de voz emocional de Alexis Taylor, um apelo indie – com guitarras e tudo –, e a canção bizarra da praxe – em Made In The Dark tínhamos "Wrestlers", em One Life Stand temos "Brothers", atente-se à letra.

Ao quarto álbum, os Hot Chip querem a maturidade e chamam Charles Hayward (dos Young Marble Giants) para a bateria talvez com o objectivo de logo nos convencer. É de facto o álbum mais adulto do quinteto britânico, mas nem por isso o mais entusiasmante.


6/10


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