domingo, 19 de julho de 2009

[Reportagem] - Esta - 17 de Julho - Fábrica da Pólvora, Oeiras

Inserido na programação que festeja os 250 anos do concelho de Oeiras, o concerto dos israelitas Esta foi um brilhante manifesto cultural. Lia-se no guia dos concertos realizados e a realizar, nos próximos dias, na Fábrica da Pólvora, que Bill Clinton havia apelidado estes músicos de "maravilhosos". Clinton, sabe-se, não é nenhuma referência no que à cultura musical diz respeito, mas a menção tinha o óbvio objectivo de abrir o «apetite». Abriu.

À hora marcada, os cinco músicos entram em palco. Colocam-se num frente-a-frente com o público com um parafernália de instrumentos – que incluíam gaita de foles, pandeireta e guitarra acústica - bastante variada. O início exclusivamente instrumental dá lugar a um conjunto de belas canções interpretadas com mestria pelos cinco músicos que são pau para toda a obra. Dois são responsáveis pelas cordas – guitarra acústica, cavaquinho, guitarra eléctrica, baixo –, a vocalista para além de dar a voz também toca castanholas – o que dá uma sonoridade mais latina ao concerto –, há um responsável pela secção rítmica e um multifunçoes que se ocupa da gaita de foles, trompete, flautas de todos os feitios e saxofone.

A actuação incluiu demonstrações de virtuosismo no saxofone e na bateria – um interminável solo –, e um encore bastante celebrado que acabou com todos os membros da banda junto da assistência. Antes, a doce vocalista da banda lia sentada – e descalça, como mandam as regras – uma profecia quase tão aplaudida como as canções.

No final aceitamo-lo. Bill Clinton percebe do assunto. Os Esta são «maravilhosos».

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