Sérgio Dias, d'Os Mutantes, tem novo projecto: Ainda bem!

Ah! Como Sérgio Dias soa tão melhor fora destes Mutantes, os versão 2.0, os do século XXI. O líder d'Os Mutantes juntou-se aos Tahiti Boy and the Palmtree Family e formou os Lillies. Esta é a primeira amostra de We Are The Lilies, álbum que chega às lojas até ao fim do ano. O tema chama-se "Why?" e conta com a colaboração do eterno Iggy Pop.

The Lilies feat. Iggy Pop - Why? from jaune! on Vimeo.

The Roots & John Legend fazem cover dos Arcade Fire e safam-se muito bem

Sabemos que os Roots andaram na companhia de John Legend a gravar versões de clássicos soul. O registo chama-se Wake Up! e, ao que parece, foi inspirado na incrível canção dos Arcade Fire. Quando os canadianos a cantam juramos ser possível trazer paz ao mundo. Com John Legend na voz e os Roots com a parte instrumental da coisa juramos ser possível um mundo de igualdades e sem ponta de racismo. É fabuloso!

[Crítica] Eels - Tomorrow Morning

O terceiro e último capitulo da trilogia que começou com o muito recomendável Hombre Lobo e que continuou com o não mais que razoável End Times, é, sem dúvida, o menos conseguido. Hombre Lobo era fresco, deambulava entre o blues e a folk e fazia-o com classe. End Times era um confessionário acústico e variava entre momentos bons e outros menos bons. Tomorrow Night tem mais apontamentos electrónicos que o normal e é apenas composto por momentos menos bons e pior - chatos.

Sabemos que Mr. E não anda aqui para revolucionar o que quer que seja. O Senhor E limita-se a editar música e a fazer a sua vidinha com a sua guitarra que é também a sua melhor amiga. Tomorrow Night passeia-se mais uma vez pelo universo pessoal do mentor dos Eels - umas vezes confessional, outras em alegre manifesto. O universo explorado é aquele a que E já nos habituou (folk, rock, blues), com uma ou outra surpresa - o trip-hop de “This is Where it Gets Good”, por exemplo.

Quer tudo isto dizer que o nono álbum de Mark Oliver Everett enquanto Eels é, muito provavelmente, o seu pior disco de sempre. Canções pouco inspiradas e poucos motivos de interesse num álbum que se vai arrastando até ao fim.

3/10

[Vídeo] Flaming Lips - See The Leaves

O último álbum dos Flaming Lips, Embryonic, está longe de ser um dos momentos mais consensuais da banda de Wayne Coyne, o que não invalida que o colectivo esteja num dos momentos mais produtivos da sua carreira. Semana sim, semana não, lá vem uma fresca notícia da banda de Oklahoma. Desta vez a novidade recai sobre o vídeo de "See The Leaves" que, à imagem do anterior, o de "The Sparrow Looks Up The Machine", contém alguma nudez no sexo feminino.

[Reportagem] Eels - 19 de Setembro - Coliseu de Lisboa

Estive no concerto dos Eels, no Coliseu dos Recreios, como colaborador da Rua de Baixo. A reportagem pode ser lida aqui.

Toda a Internet cabe no novo vídeo de M.I.A.

MAYA, o novo álbum da maior artista alguma vez saída do Sri Lanka., promete entrar na história mais pelo conteúdo visual do que pelo conteúdo musical da coisa. No novo vídeo que dá imagem ao tema "Story to be Told", lembramo-nos do Tetris - o clássico dos videojogos - e somos bombardeados com algumas das coisas mais irritantes que a Internet nos oferece hoje em dia: letras coloridas quase indecifráveis que têm por objectivo evitarem o spam e janelas sobre janelas. Mais teorias da conspiração, claro está.

Os Sleigh Bells voltam salvar o rock no vídeo de "Infinity Guitars"

Ainda construiamos a review de Treats, o álbum de estreia dos Sleigh Bells, quando o primeiro vídeo do duo saltou cá para fora - não deixa de ser uma bela coincidência. Cheerleaders, guitarras a arder e uma muito sexy Alexis Krauss num vídeo explosivo. Eles vêm para salvar o rock, outra vez. A canção é uma das mais fortes do disco, "Infinity Guitars". O vídeo pode ser visto aqui.

[Crítica] Sleigh Bells - Treats / Best Coast - Crazy For You

Já ouvimos os Sleigh Bells há algum tempo. Na altura ouvimos alguns dos temas disponíveis no myspace que nos deixaram a salivar. Estes dois são bem capazes de nos fazer acreditar no rock, outra vez. Ele, Derek Miller, ex-Poison the Well, banda hardcore. Ela, Alexis Krauss, ex-vocalista de uma girls band. Tem tudo para ser mau, mas é óptimo.

O duo vem de Brooklyn - de onde mais? -, que nada tem a ver com os outros duos de Brooklyn com algum mediatismo (She & Him, Beach House), consegue, em menos de meia hora, um dos melhores documentos musicais deste 2010. Um grito adolescente, viciante, violento, entusiasmante, brutal. Guitarra com riffs pesadões e efeitos vários, muita distorção, sintetizadores e beats que muito devem ao hip hop. Um sample dos Funkadelic em "Rill, Rill", o fantasma dos Kills do último e óptimo Midnight Boom na também óptima "Infinity Guitars", M.I.A. - madrinha e confessa admiradora do duo - na voz de Krauss, que, não, não canta grande coisa. Há também algo de Yeah Yeah Yeahs e dos extintos Be Your Own Pet – canções curtas, atitude punk.

Derek Miller e Alexis Krauss touxeram influências dos seus dos mundos anteriores. Juntaram-lhes alguma synth-pop e algumas influências hip hop. São um dos acontecimentos do ano - quiçá da década.

Cada uma das 13 canções que compõe Crazy For You é curta como o nosso Verão. O Verão dos Best Coast de Beth Cosentino quase dura uma vida, mas o nosso não dura mais que 30 dias. É por isso que gostamos dos Best Coast – trazem-nos as memórias de um Verão adolescente que já se foi para não mais voltar.

Mas nem tudo é perfeito nas letras de Cosentino. Aliás, a voz dos Best Coast está longe de estar satisfeita – há muita dor de corno e muita recordação de amores falhados. Exemplo: “I Lost my Job / I miss my mom / I wish my cat could talk / Everytime you live this house, everything falls apart”. Há muita conversa de adolescente, mas desenganem-se aquele que pensam que poderia estar aqui uma bela letrista de girls-band.

E ainda temos o outro lado da equação, Bobb Bruno, colaborador de Beth que vai buscar os “uh’s” e “ah’s” às girl-groups de Phil Spector, assim como as guitarras shoegaze de uns Jesus & Mary Chain. Tudo isto confere à música dos Best Coast um som retro.

Não é a maravilha que se tem escrito, mas é, a par de King of the Beach dos Wavves, o melhor álbum de Verão de 2010.

Treats - 9/10
Crazy For You - 7/10

Rapidinhas:

Philip Selway - Familial: Ser baterista de uma das melhores bandas do mundo não facilita a tarefa que se quer aventurar a solo. O que Philip Selway nos oferece em Familial é muito simples: folk de grande candura a homenagear o legado de um Nick Drake. Mas fosse Selway um Nick Drake e certamente não estaria a marcar o ritmo dos Radiohead. Não é um mau disco, mas limita-se a cumprir os mínimos. Tudo muito bonitinho e arranjadinho, mas sem deslumbrar. Destaque paras a belíssima "By Some Miracle" e as apenas belas "Falling" e "Broken Promises".

5/10

Band of Horses - Infinity Arms (Na foto): Estamos em 2010 e Seattle já não exporta apenas bandas punk que geram movimentos capazes de mudar o mundo num ápice. Dos Band of Horses aos Fleet Foxes, a capital do estado norte-americano de Washington, presenteia-nos com folk bem ornamentada, homens hiper-barbudos e harmonias bem cuidadas. O terceiro disco dos Band of Horses é um deleite maior na primeira do que na segunda metade, mas, ainda assim, sempre um deleite.

7/10

Antony & The Johnsons - Thank You For Your Love EP: À imagem daquilo que fez antes de editar o último disco, o fabuloso The Crying Light, Antony antecipa um longa duração através de novo ep. Se a função destas "amostras" é abrir o apetite para o que aí vem, Thank You For Your Love quase se estatela. Sim, é verdade que quase basta Antony Hagarty abrir a boca para se criar um grande momento, mas, à excepção do tema título (com apontamentos jazzisticos) nada aqui nos entusiasma verdadeiramente. A versão de "Imagine" - sim, essa! - segue a linha da cover de "Knockin' on Heaven's Door", original de Bob Dylan, mas com piores resultados.

5/10

Os Golpes chamam Rui Pregal da Cunha e fazem música pós-baile

No vídeo de "Olá Senhora", o primeiro single de avanço para G, o segundo disco d' Os Golpes, a banda convoca Rui Pregal da Cunha (ex-Heróis do Mar) e soa a música de baile com alguns adornos. Isto não é música de baile, isto é música pós-baile. Não sabemos se é desta que a editora "amiga" da Florcaveira vai finalmente descolar, mas está aqui uma das grandes premissas do selo de Tiago Guillul - soa diferente. Prazer culpado? Qual culpado qual quê!

[Reportagem] Lisbon Unplugged - 10 e 11 de Setembro - Tapada da Ajuda

Estive - a primeira pessoa, neste caso, é necessária - no festival Lisbon Unplugged, nos passados dias 10 e 11 de Setembro. O evento revelou-se um fracasso monumental. Fui, mas fui destacado pela Rua de Baixo. A reportagem pode ser lida aqui.

Enquanto não se estreiam, os Weekend dão-nos música

Sports, o debutante álbum dos Weekend, só tem edição marcada para o dia 9 de Novembro - uma chatice! Entretanto dão-nos música para nos irmos entretendo. "Coma Summer" podia estar em The Suburbs dos Arcade Fire que não deixaria os canadianos envergonhados. O tema está disponível para download aqui.

Flaming Lips e um taxista na Black Cab Sessions

Sim, é verdade que todas as outras "Black Cab Sessions" exigiram a presença de um taxista, mas os Flaming Lips não se limitaram a deixá-lo conduzir. Wayne Coyne e companhia pediram a Brian, o taxista, que fizesse aquilo que nós por cá, no Festival Sudoeste, tentámos miseravelmente, ou seja, a imitação de uma brisa, um sapo, gato, jaguar, leão, helicóptero, etc.

Flaming Lips from Black Cab Sessions on Vimeo.

[Crítica] Sufjan Stevens - All Delighted People EP

Cinco anos sobre o fabuloso Illinois, o regresso de Sufjan Stevens às edições. Não, a canção incluída na super compilação “indie” Dark Was The Night não foi suficiente. Não, a participação nos últimos dois discos dos National - ainda que os últimos dois discos dos National sejam quase perfeitos - não foi suficiente. Cinco anos depois de Illinois, All Delighted People cai de repente, na Internet, e suga-nos os dias que se seguem, nos quais só nos paira uma ideia: "Temos que ouvir o novo material do Sufjan, temos que ouvir o novo do Sufjan...". Ele agora já não quer fazer um disco para cada estado norte-americano, ele agora quer fazer um disco para toda a gente, para todo o mundo e a capa (vários sorrisos de várias raças) e título deste ep é disso prova

All Delighted People é, portanto, o ep que antecede o muito aguardado álbum, o verdadeiro sucessor de Illinois que já tem nome, The Age of Adz. Nas últimas semanas Stevens foi disponibilizando canções que vão constar no longa duração, sem que nenhuma delas sirva para nos fazer contar os dias e as horas para a sua edição. All Delighted People, ao que parece, pouca relação terá com o novo material que aí vem. É um registo épico, com três canções a ultrapassarem os 10 minutos de duração - sim, isto para Stevens, no seu mundo muito particular, é um ep.

Logo à primeira canção, "All Delighted People", arranjos orquestrais, tom emocional na voz de Stevens e coros, muitos coros. Muitos vão atacá-la usando o argumento de que está aqui o inevitável acesso de megalomania do autor de "Chicago". É uma das canções mais incríveis que vamos ouvir este ano. É verdade que o resto não está ao nível da faixa título - a versão "Classic Rock" desta mesma canção e "Djohariah", longo exercício de 17 minutos, eram dispensáveis -, mas nada neste pseudo-ep envergonha o norte-americano. Sem estas duas canções e estaria aqui mais uma obra-prima de um artista que em tempos se demonstrou desiludido com a canção pop mais convencional. All Delighted People soa a coisa pensada nesses tempos de indefinição artística.

6/10

O myspace já não serve só para ouvir uma ou outra canção

Os tempos mudaram e temos álbuns inteiros disponíveis para escuta no myspace. E, não, não falamos de bandas obscuras que chegaram aos ouvidos de meia dúzia de “geeks”. Depois do Interpol, na semana passada, disponibilizarem o novo e homónimo álbum através da rede social, surgem agora apostas de Grinderman – o projecto paralelo de Nick Cave -, The Black Angels e Black Mountain. O sucessor do muito elogiado Grinderman, acrescenta apenas um “2” ao título do disco e está disponível para audição aqui. Phosphere Dream dos Black Angels pode ser ouvido aqui e Wilderness Heart pode ser escutado aqui. Dos Angels ainda não ouvimos nada, mas confiamos nos rapazes. Dos Mountain ouvimos "Olf Fangs" e é uma bela canção rock.

O segundo capítulo do maravilhoso mundo dos Vaselines já pode ser ouvido

Já não esperávamos tanto - alguns meses atrás os escoceses The Vaselines anunciaram um sucessor para o debutante Dum-Dum, de 1990. O mundo indie susteve a respiração e esperou ansiosamente. Agora temos finalmente o álbum, um dos mais esperados pela Unidade para o que resta de 2010. 42 minutos de música disponibilizados no The Guardian. Expectativas ao alto, a crítica brevemente.

The Vaselines - Sex With An X by subpop

[Vídeo] Philip Selway - By Some Miracle

A Unidade ainda não ouviu o disco, mas ouviu quatro canções. O disco a solo de Philip Selway, mais conhecido (ou não) como baterista dos Radiohead, não vai fazer tremer o Mundo - nem anda lá perto -, mas das quatro canções entretanto disponibilizadas, uma é mesmo muito boa, esta "By Some Miracle" que agora tem direito a vídeo - não, também não é coisa para fazer tremer o Mundo, mas capta a atenção durante quase três minutos. Já é de valor.

Pára tudo! Há canção nova de Sufjan Stevens

Agora que parece ter deixado definitivamente de parte a megalómana ideia de fazer um álbum para cada um dos 50 estados norte-americanos, Sufjan Stevens parece mais activo do que nunca - o ep All Delighted People está dísponivel para audição há coisa de uma semana e o álbum, The Age of Adz, tem edição marcada para 12 de Outubro. Do ep podemos avançar que há uma primeira faixa que é obra-prima de quase 12 minutos e pode ser ouvida aqui. O resto é coisa que a Unidade conta dedicar mais atenção. Quanto ao álbum, vão sendo avançadas aqui e ali canções novas para abrir (ou não, no caso desta canção que aqui deixamos em baixo) o apetite.

[Crítica] Ariel Pink's Haunted Graffiti - Before Today / Wavves - King of the Beach

Ariel Pink e os Wavves: dois adeptos da ideologia lo-fi apresentam em 2010 os seus melhores álbuns. Before Today de Pink é mesmo uma obra-prima. É oficial: Pink deixou de ser um "freakzinho" que grava no quarto em condições de som deploráveis. Já os Wavves conseguiram, muito provavelmente, o melhor manual para adolescentes inadaptados desde que Kurt Cobain nos deixou.

Before Today é o primeiro álbum a sério de Ariel Pink. Antes editou outros oito discos pela Paw Prints, a editora dos Animal Collective. Agora, na 4AD, Pink lança o seu disco mais acessível e menos lo-fi.

Ariel Pink e os seus Haunted Graffiti recauchutaram memórias várias de infância - esse novo género a que chamam chillwave é isso mesmo -, memórias do tempo em que a rádio era companheira ideal de vários inadaptados espalhados pelos quatro cantos do Mundo, no tempo da k7, no tempo da baixa fidelidade, um tempo que nos parece agora menos longinquo. Before Today abraça a imperfeição, junta harmonias e falsetos, imita jingles publicitários e cita os Queen, Prince, Michael Jackson, o funk e o glam-rock.

Não é perfeito, mas é por isso que se torna especial - e porque tem alguns dos melhores momentos pop do ano.

Os Wavves também aumentaram a fidelidade do seu som - aliás, essa é a grande diferença que podemos apontar relativamente a Wavvves, o anterior de originais.

Em King of the Beach, o trio de San Diego revela a urgência dos Ramones, vários tiques à Beach Boys e a contestação/palhaçada punk dos anos 90 - sim, falamos dos Greenday, Blink 182, Sum 41 e muitas outras bandas de uma mediocridade atroz. Mas os Wavves fazem-no com estilo. São os Brakes quando lhes dá para a palhaçada e os Nirvana de "I Hate Myself and I Want To Die".

É o álbum para adolescentes que não fica mal ao adulto gostar - e este é o melhor elogio que lhe podemos fazer.

Before Today – 8/10
King of the Beach – 7/10

B Fachada, O'questrada e Domingo no Quarto: borlas para todos os gostos e feitios

Jovem: se tens um insaciável gosto pela música nacional, mas não tens mais que um euro para gastar, a Unidade dá-te uma ajudinha num eclético conjunto de borlas à portuguesa.

Já amanhã, Norberto Lobo mostra o que consegue fazer com a guitarra clássica, no Museu da Música.

No dia 11, ou seja, Sábado, os Domingo No Quarto, eles que recriam clássicos do samba como ninguém cá no burgo, actuam na Apav.

Já o mestre B Fachada fica para o dia 19 em que apresenta Há Festa na Moradia no Clube Ferroviário.

Por seu lado, os portuenses MAU sobem ao palco do lisboeta Musicbox, no dia 22.

Por fim, os O'questrada propõe-se a festejar o Centenário da República, na sua "tasca móvel", estrategicamente colocada nos dias 1,2 e 3 de Outubro, na Praça do Rossio, em Lisboa.

Tudo à borla, excepto Norberto Lobo - preço? 1€ jovem.

[Vídeo] B Fachada - Joana Transmontana

B Fachada, já se sabe, veio para ficar. Há quem o ame e há quem o odeie - e isso, sabemos nós, é requisito fundamental para qualquer artista se afirmar. A Unidade fica-se pela primeira opção - B Fachada é o melhor escritor de canções nacional dos últimos dez anos (só?) e - atenção Old Jerusalem! - canta em português. Há Festa na Moradia é confirmação total de um músico em estado de graça - ele até já canta no novo anúncio do Azeite Galo! Eis o primeiro vídeo de promoção ao "EP de Verão":

Joana Transmontana - B Fachada from Tiago Pereira on Vimeo.

Outra nova canção dos Belle & Sebastian para escuta

No blog da Matador pode ler-se: "Estamos agora a menos de 5 semanas da edição de Write About Love". O edição do novo dos Belle & Sebastian parece um grande acontecimento, não parece? Os escoceses não editam desde 2006 e há toda uma história de amor à volta deste regresso. "Write About Love", a canção aqui disponibilizada, pode não ser do calibre de "I Want the World to Stop", uma das duas disponibilizadas a semana passada, mas não deixa de ser um belo aperitivo que aí vem. E faltam menos de cinco semanas!

É à borla: novos discos de Interpol, Of Montreal e Mavis Staples para audição gratuita

Vai passar a ser rubrica semanal - a Internet tem destas coisas e a música é cada vez mais pródiga nas chamadas borlas. Esta semana destaque para os novos discos de Interpol, Of Montreal, Mavis Staples e Blonde Redhead.

O álbum homónimo dos Interpol, um dos mais aguardados desta fase final de 2010, está disponível para audição gratuita no myspace da banda, que está aqui - ajuda útil para que não se vá dar ao site da Organização Internacional de Policia Criminal. Podemos adiantar que já ouvimos o primeiro single, "Barricade", e é um tremendo nada de especial - o vídeo é melhor que a canção e Paul Banks parece um betinho, o que, claro está, não é bom.

False Priest, o novo dos Of Montreal está no NPR. O single de avanço, "Coquet Coquette", é uma das canções que interessa reter este ano, assim como o primitivo vídeo que acompanha a canção. Também Penny Sparkle, o oitavo de originais dos Blonde Redhead está no NPR.

O melhor para o fim. Ou, pelo menos, aquele que nos abriu mais o apetite, para o fim. Referimo-nos a You're Not Alone (na foto), o álbum de colaboração entre Mavis Staples e Jeff Tweedy, que já nos rendeu este maravilhoso vídeo. You're Not Alone está também ele disponível para escuta no NPR.

MANA Recordings apresenta: Três inéditos dos Aquaparque

É o primeiro passo para aquilo que se espera que seja uma duradoura iniciativa - a MANA Recordings apresenta um "podcast que se pretende constituir como uma mostra de músicos que admiramos através da difusão de material inédito extraído de arquivo ou propositadamente gravado para nós. Sendo a periodicidade variável – a necessária para que o resultado seja do agrado de anfitrião e convidado, leve o tempo que levar". Para acompanhar esta promissora aventura é favor aceder ao blog da MANA Recordings, feito de propósito para o efeito. Os primeiros vencedores são os Aquaparque - estão aqui três fabulosas e inéditas canções do duo composto por André Abel e Pedro Magina.

Aquaparque by manarecordings

[Vídeo] O Futuro segundo DJ Ride

Salvo alguns visionários - Marshall McLuhan à cabeça - falhámos sempre nas previsões futuristas. O futuro que vemos no novo vídeo de DJ Ride - a canção pertence ao último Psychedelic Sound Waves, chama-se "Move" e conta com a colaboração de MC Concept - parece muito mais provável que as maluquísses marinadas por uns certos loucos varridos. Há televisão, arranha-céus e dirigíveis. No fundo, o futuro é agora. Senão dêem lá uma espreitadela ao vosso Google Earth.

Duas novas canções em meia hora de Belle & Sebastian

Já sabiamos que o nome do novo álbum dos Belle & Sebastian, Write About Love. Já conheciamos também a fantástica capa do disco. Agora temos direito e a duas novas canções e a um P&R com os fãs. Garantimos uma coisa: esta meia hora com os escoceses é tudo menos tempo perdido. Se alguma alma insensivel apagar os vídeos do youtube não se preocupem, sigam para o blog da Matador. Já estamos ansiosos.

Rapidinhas:

Fear Factory - "Mechanize": O oitavo álbum dos Fear Factory dá-nos alguns bons riffs, mas cai nalguns clichés do género. Destaca-se nas suas paisagens infernais e chegamos a imaginar ambientes sci-fi.

6/10

Charlotte Gainsbourg - "IRM" (Foto): A voz da filha de Serge Gainsbourg não dá para muito e Beck não faz milagres, mas ajuda bastante. O rapaz não perde o jeito e se há um ou outro grande momento neste IRM a menina Charlotte a Beck o deve. Atenção a essas "Le Chat Du Café Des Artistes" e "Heaven Can Wait" - esta última poderia estar no último disco do autor de "Loser".

6/10

[Vídeo] Cee-Lo manda-nos f**** e nós agradecemos a gentileza

Já tínhamos ouvido a canção - um dos melhores rebuçados pop que 2010 tem para oferecer - há coisa de uma semana, mas só agora temos direito a vídeo e - surpresa! - também é fabuloso. Cee-Lo já nos chamou de malucos e agora manda-nos f****... nós limitamo-nos a agradecer a gentileza.

Brincando aos Clássicos: Guided By Voices - Bee Thousand

Bee Thousand parece uma compilação de lado(s)-b e raridades – sim, soaria muito melhor se escrito em inglês. Não o é. É o lo-fi antes de o lo-fi ser moda, é uma rádio pirata das mais rasca, é resultado de um mau equipamento de gravação. Mas é-o porque quer sê-lo. É um disco fantástico. Duas dezenas de canções – duas ou três com mais de dois minutos de duração. É urgente ouvi-lo hoje, numa altura em que o lo-fi é moda bem "cool".