Cinco anos sobre o fabuloso Illinois, o regresso de Sufjan Stevens às edições. Não, a canção incluída na super compilação “indie” Dark Was The Night não foi suficiente. Não, a participação nos últimos dois discos dos National - ainda que os últimos dois discos dos National sejam quase perfeitos - não foi suficiente. Cinco anos depois de Illinois, All Delighted People cai de repente, na Internet, e suga-nos os dias que se seguem, nos quais só nos paira uma ideia: "Temos que ouvir o novo material do Sufjan, temos que ouvir o novo do Sufjan...". Ele agora já não quer fazer um disco para cada estado norte-americano, ele agora quer fazer um disco para toda a gente, para todo o mundo e a capa (vários sorrisos de várias raças) e título deste ep é disso prova
All Delighted People é, portanto, o ep que antecede o muito aguardado álbum, o verdadeiro sucessor de Illinois que já tem nome, The Age of Adz. Nas últimas semanas Stevens foi disponibilizando canções que vão constar no longa duração, sem que nenhuma delas sirva para nos fazer contar os dias e as horas para a sua edição. All Delighted People, ao que parece, pouca relação terá com o novo material que aí vem. É um registo épico, com três canções a ultrapassarem os 10 minutos de duração - sim, isto para Stevens, no seu mundo muito particular, é um ep.
Logo à primeira canção, "All Delighted People", arranjos orquestrais, tom emocional na voz de Stevens e coros, muitos coros. Muitos vão atacá-la usando o argumento de que está aqui o inevitável acesso de megalomania do autor de "Chicago". É uma das canções mais incríveis que vamos ouvir este ano. É verdade que o resto não está ao nível da faixa título - a versão "Classic Rock" desta mesma canção e "Djohariah", longo exercício de 17 minutos, eram dispensáveis -, mas nada neste pseudo-ep envergonha o norte-americano. Sem estas duas canções e estaria aqui mais uma obra-prima de um artista que em tempos se demonstrou desiludido com a canção pop mais convencional. All Delighted People soa a coisa pensada nesses tempos de indefinição artística.
6/10
All Delighted People é, portanto, o ep que antecede o muito aguardado álbum, o verdadeiro sucessor de Illinois que já tem nome, The Age of Adz. Nas últimas semanas Stevens foi disponibilizando canções que vão constar no longa duração, sem que nenhuma delas sirva para nos fazer contar os dias e as horas para a sua edição. All Delighted People, ao que parece, pouca relação terá com o novo material que aí vem. É um registo épico, com três canções a ultrapassarem os 10 minutos de duração - sim, isto para Stevens, no seu mundo muito particular, é um ep.
Logo à primeira canção, "All Delighted People", arranjos orquestrais, tom emocional na voz de Stevens e coros, muitos coros. Muitos vão atacá-la usando o argumento de que está aqui o inevitável acesso de megalomania do autor de "Chicago". É uma das canções mais incríveis que vamos ouvir este ano. É verdade que o resto não está ao nível da faixa título - a versão "Classic Rock" desta mesma canção e "Djohariah", longo exercício de 17 minutos, eram dispensáveis -, mas nada neste pseudo-ep envergonha o norte-americano. Sem estas duas canções e estaria aqui mais uma obra-prima de um artista que em tempos se demonstrou desiludido com a canção pop mais convencional. All Delighted People soa a coisa pensada nesses tempos de indefinição artística.
6/10
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