Duas ideias importantes a reter sobre Danger Mouse:
1 - O produtor referiu uma vez que o segredo do seu sucesso estava no facto de saber escolher as pessoas com que colabora. É uma ideia paradoxal. Por um lado, os seus companheiros de trabalho são bons (por vezes extraordinários) podendo ofuscar o trabalho de laboratório de Brian Burton (seu verdadeiro nome), sendo ele, portanto, o elemento menos importante da equação. Por outro lado, Danger Mouse é bom porque é ele que escolhe os colaboradores - só esse dom, aliado ao seu talento natural, confere-lhe a imortalidade.
2 - Os projectos de Mouse raramente vão para lá de um único disco - excepção: Gnarls Barkley. De um lado temos um Mundo de fãs de um único projecto a chamar nomes feios ao produtor. Do outro temos um conjunto de melómanos cada vez mais rendidos aos talentos de um músico ímpar.
Com James Mercer, voz dos Shins, Burton volta a fazer um disco perto das convenções "indie" - de repente lembramo-nos das colaborações com Beck, com os Gorillaz e o polémico, mas maravilhoso Dark Night Of The Soul, em colaboração com os Sparklehorse, do falecido Mark Linkous. Temos samples, alguns tiques hip hop que o produtor não esquece, falsetes, belas orquestrações e um conjunto de canções fantásticas. Algumas referências: "The Ghost Inside" podia ser dos Gorillaz, em "Sailing To Nowhere" lembramo-nos dos Mars Volta e "October" faz-se um apanhado das guitarras que nos levam, invariavelmente, a bandas como os Gang of Four, Franz Ferdinand ou Futureheads. Chegamos a jurar que também por aqui andam os New Order a tornarem-se numa qualquer banda psicadélica da década de 60. Ah! E há "High Road" um dos momentos pop mais perfeitos do ano.
Não sabemos o que vai Danger Mouse fazer a seguir. Não atingirá certamente o nível mediático dos projecto com Cee-Lo Green, os Gnarls Barkley. Mas estamos certos que os níveis criativos, esses não vão baixar. Já começam a ser demasiados tiros certeiros dele desconfiar.
1 - O produtor referiu uma vez que o segredo do seu sucesso estava no facto de saber escolher as pessoas com que colabora. É uma ideia paradoxal. Por um lado, os seus companheiros de trabalho são bons (por vezes extraordinários) podendo ofuscar o trabalho de laboratório de Brian Burton (seu verdadeiro nome), sendo ele, portanto, o elemento menos importante da equação. Por outro lado, Danger Mouse é bom porque é ele que escolhe os colaboradores - só esse dom, aliado ao seu talento natural, confere-lhe a imortalidade.
2 - Os projectos de Mouse raramente vão para lá de um único disco - excepção: Gnarls Barkley. De um lado temos um Mundo de fãs de um único projecto a chamar nomes feios ao produtor. Do outro temos um conjunto de melómanos cada vez mais rendidos aos talentos de um músico ímpar.
Com James Mercer, voz dos Shins, Burton volta a fazer um disco perto das convenções "indie" - de repente lembramo-nos das colaborações com Beck, com os Gorillaz e o polémico, mas maravilhoso Dark Night Of The Soul, em colaboração com os Sparklehorse, do falecido Mark Linkous. Temos samples, alguns tiques hip hop que o produtor não esquece, falsetes, belas orquestrações e um conjunto de canções fantásticas. Algumas referências: "The Ghost Inside" podia ser dos Gorillaz, em "Sailing To Nowhere" lembramo-nos dos Mars Volta e "October" faz-se um apanhado das guitarras que nos levam, invariavelmente, a bandas como os Gang of Four, Franz Ferdinand ou Futureheads. Chegamos a jurar que também por aqui andam os New Order a tornarem-se numa qualquer banda psicadélica da década de 60. Ah! E há "High Road" um dos momentos pop mais perfeitos do ano.
Não sabemos o que vai Danger Mouse fazer a seguir. Não atingirá certamente o nível mediático dos projecto com Cee-Lo Green, os Gnarls Barkley. Mas estamos certos que os níveis criativos, esses não vão baixar. Já começam a ser demasiados tiros certeiros dele desconfiar.
8/10
1 comentários:
Além deste ainda tenho que ouvir o disco dele com os Sparklehorse.
Boa review ;)
Abraço
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