domingo, 27 de setembro de 2009

[Reportagem] - Revolta, 27 de Setembro - Fnac Alfragide


O concerto dos Revolta na Fnac de Alfragide acontece em dia de eleições legislativas e um dia antes dos Greenday oferecerem um concerto de três horas no Pavilhão Atlântico. Faz sentido mencionar as legislativas e faz sentido mencionar os Greenday. A política faz sentido devido à conotação de algumas letras da banda e, sabe-se, o próprio «punk» tem uma conotação anti-tudo-o-que-está-mal e por cá as coisas não estão bem. A menção dos Greenday apela aos primórdios da banda de Billie Armstrong, quando a sonoridade era mais «punk» e menos «pop».

Quando Bruno Alves (baixo/voz), António Corte-Real (guitarra) e Anselmo Alves (baterista) sobem ao palco e ouve-se o primeiro «riff» percebe-se que este é um espectáculo que foge daquilo que é habitual ver nos Fóruns Fnac – desta vez há electricidade pouco contida. O concerto não é acústico. E – surpresa número dois – é composto por 13 canções e dura mais que 25 minutos.

Hoje em dia já não se diz que o «punk» é a arte de não saber tocar. Ainda bem. Os três elementos dos Revolta são disso prova. A banda passou por vários temas do novo e primeiro disco, homenageou João Aguardela com "Para Sempre" e tocou António Variações com uma versão acelerada de "Canção do Engate". Em "Tu", Francisco Rosado, amigo da banda com uma t-shirt de UHF, é desafiado a subir ao palco. Momentos altos de um concerto que prova que o «punk» em Portugal está vivo.

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