Dez minutos antes do espectáculo ter início, os quatro – ao todo são sete – elementos dos Tinariwen que se apresentaram no Fórum Fnac do Chiado passeavam pelo espaço. O recinto já estava cheio. No palco haviam quatro microfones, uma guitarra acústica, outra eléctrica, um baixo e um djembe esperavam os músicos.
À primeira e belíssima canção temos quatro músicos trajados a rigor no palco, três deles com túnica. Ainda que vá tentando agradecer em português, a banda apresenta-se em francês.
Na maior parte das vezes hipnótica, a actuação durou cerca de 35 minutos. Foram apresentadas seis canções. A maior parte delas num ritmo brando, uma ou outra em que deixamos de nos sentir hipnotizados para passarmos a estar contagiados – na última canção, o vocalista Ibrahim Alhabib chegou mesmo a dar uns passos de dança.
Estamos habituados a ver gente ocidental a enveredar por música com raízes africanas, mas não estamos habituados a ver o contrário. Este rock e estes blues vêm do deserto, mas aconchegam-se em qualquer lugar.
Esta visita dos Tinariwen a Portugal tem um propósito, a banda actua na Arrábida World Music Festival. Este concerto na Fnac foi apenas uma amostra daquilo que se vai passar este fim-de-semana.
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