Vamos às novidades. Em 2006, após a edição de um bastante agradável Meds, os Placebo perderam o baterista Steve Hewitt. Steve Forrest, um «miúdo» de 22 anos substitui-o – boa noticia: não é por aqui que passam os grandes problemas de Battle For the Sun. Esta é a grande novidade. A pequena novidade está na escolha do produtor, David Bottrill (Tool, Staind e Muse). Acabaram-se as novidades.
O sexto disco dos Placebo é uma monotonia pegada. Há rock épico ("Bright Lights"), palminhas irritantes ("Kitty Litter", logo a abrir) e coros à Bon Jovi dos tempos hair metal (o single "For What It's Worth”). O apelo electrónico é constante em quase todas as canções - uma mais épica que a anterior. Battle For the Sun trás ainda o pior do glam-rock que caracterizou os Placebo do início de carreira. A sensação de deja-vu é constante – já ouvimos tudo isto antes.
Valha-lhes o facto de não existir por aqui nenhuma canção escandalosamente má. Ainda que "Julien" mais pareça o início de um disco dos The Bravery, alguns fãs até poderão gostar desta sonoridade que, relativamente aos últimos discos, está subtilmente mais endurecida mas...zzzZZZzzz...
"I Need a Change of Skin" dizem os Placebo logo ao primeiro tema de Battle of the Sun, "Kitty Litter". É verdade, os Placebo precisam mesmo de mudar. Não de pele, mas de som. Como diria Marcelo Rebelo de Sousa: «Assim não!»
4/10
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