segunda-feira, 22 de março de 2010

[Escolhas] Bom & Mau - A Unidade decide:

Bom & Mau da semana que passou - A Unidade decide:

Bom:

O vídeo de "São Sete Voltas P'rá Muralha Cair", o single de avanço do novo álbum de Tiago Guillul

  • O concerto dos Yo La Tengo na Aula Magna
  • A vitória judicial dos Pink Floyd sobre a EMI
  • Public Image Ltd vão voltar aos discos 20 anos depois da última vez
  • Novo álbum dos Dead Weather a 7 de Maio
  • A capa de New Amerykah Part II: Return of the Ankh, o novo álbum de Erykah Badu
  • Greenday começam a gravar novo álbum
  • Aeon, a exposição de Antony Hegarty, vai passar por Portugal em Maio
  • Raw Power, álbum gravado originalmente em 1973, por Iggy Pop & Stooges vai ser reeditado
  • Ouvimos e recomendamos o regresso de Gil Scott-Heron com I'm New Here

Mau:

  • MC Snake morto a tiro
  • O artigo sobre o hip-hop publicado no DN, depois da morte de MC Snake
  • O regresso dos Alien Ant Farm
  • Morreu Alex Chilton (Bigstar)

Indeferença:


  • Mais um DVD dos Xutos & Pontapés
  • Mais um álbum de James em Abril

sábado, 20 de março de 2010

[Antevisão] A Semana em concertos

Amanhã há Clubbing Optimus na Casa da Música. Sofa Surfers, Blasted Mechanism, Fritus Popatoes Suicide, Philips And Justamine, Rafael Toral, Solistas do Remix, Álvaro Costa e King Bee são os artistas confirmados para o evento no Porto. Durante a semana, na segunda-feira, destaque para concerto gratuito de Orelha Negra - Sam The Kid mais Cool Hipnoise - na Fnac do Chiado. Os Nouvelle Vague - velhos nossos conhecidos - fazem uma mini-digressão que passa por Guimarães, Coimbra e Sintra. Os concertos estão marcados para 24, 25 e 26 de Março, respectivamente. Na quarta-feira há David Maranha e Peaking Lights na Zé Dos Bois. No dia seguinte, é a vez de B Fachada actuar na ZdB.

quarta-feira, 17 de março de 2010

[Crítica] Gil Scott-Heron - I'm New Here

Assistimos nos últimos meses a um grande burburinho, burburinho que envolvia a edição do álbum de regresso de Gil Scott-Heron, mais de 15 anos depois do último trabalho, esse Minister of Information de 1994. Entretanto entrou numa espiral de problemas com drogas e com a justiça.

Chamam-lhe pioneiro do hip hop e chamam-lhe o Bob Dylan negro. Poderá ser tudo isso, mas I'm New Here mostra muito mais. Mostra-nos um músico com raízes no passado, mas com os olhos no futuro. Só assim se explica que, para além de ir às raízes do blues – a cover de "Me And The Devil, de Robert Johnson – e à folk via Smog aka Bill Callahan – a cover de "I'm New Here –, se atirar também a batidas que ficam a dever algo ao trip-hop e ao dubstep. Afinal, o título do álbum é isso mesmo, I'm New Here, porque um Mundo de tecnologias se desenvolveu enquanto Scott-Heron hibernava criativamente.

É um disco negro, com ambientes nublados costurados por Richard Russel, o produtor e homem do leme da XL Recordings. Pelo meio, Scott-Heron sampla Kanye West, "despacha" interlúdios, constrói uma lírica auto-biográfica - já despreocupada em ser política como o era nos anos 60/70 - e consegue soar completamente honesto.

É um disco curto, não chega a passar a marca dos 30 minutos. Afinal de contas – e apesar de ter os olhos bem postos no futuro – Gil Scott-Heron continua a ser alguém que surgiu no tempo do vinil.

7/10



quarta-feira, 10 de março de 2010

[Crítica] Lil Wayne - Rebirth

Sabemos que não podemos ser bons em tudo. Vale-nos um ou outro talento e o bom senso de sabermos destinguir naquilo em que somos bons e maus ou maus e menos maus.. Lil Wayne é um dos grandes do hip hop dos nossos dias. "Fartou-se" de ganhar prémios e de receber louvores da crítica aquando da edição do anterior The Carter III e terá tido um acesso de megalomania. Eis Rebirth, o péssimo álbum rock - claramente influenciado pelo hip hop - de Lil Wayne.

O que há de errado com Rebirth? Quase tudo. Desde logo, os limites vocais de Wayne estão aqui bem expostos. Por outro lado, o rapper parece achar que para se fazer um bom disco rock basta colocar algumas guitarras e solos clássicos, alguns urros e meia-dúzia de letras políticas. Para ajudar à festa temos sintetizadores azeiteiros e uma balada ao piano. O melhor que se arranja em Rebirth é uma muito punk "The Prince Is Wrong", o que não deixa de ser irónico.

Rebirth está para 2010 como Scream de Chris Cornell estava para 2009. São dois registos tão arriscados como absolutamente dispensáveis. De resto, os convidados - Eminem, Nicki Minaj e Kevin Rudolf - não ajudam a levantar a fasquia. Este álbum nem como sátira ao rock resulta.

1/10



terça-feira, 2 de março de 2010

[Crítica] Yeasayer - Odd Blood

Ainda decorria 2009 quando fomos presenteados com o vídeo de "Ambling Up". A Pitchfork brincava: "agora façam melhor MGMT". De facto, o vídeo de "Ambling Alp" era coisa meio weirdo, esse tipo de vídeo que gente tão recomendável como os Animal Collective, Grizzly Bear e os tais MGMT andam a fazer há coisa de dois/três anos. É o típico vídeo de uma banda de Brooklyn, Nova-Iorque, e os Yeasayer são de Brooklyn, Nova-Iorque. Fazia sentido.

Odd Blood é o muito aguardado segundo álbum dos Yeasayer. Sucede a All Hour Cymbals, de 2007, e aproxima-os de uma sonoridade mais dançável. "Children", a primeira canção do disco, está lá para enganar. É diferente de todo o resto e provavelmente estará ali só por estar – porque os Yeasayer adoram este tipo de coisas. É um trabalho ambicioso, cheio de canções pop desafiantes com várias camadas sonoras. Aproximam-se dos Animal Collective quando adicionam sons estranhos – animais, desenhos animados, criaturas da noite, etc – e chegam-se aos Klaxons em alguns coros (em falsete, claro).

Talvez esmagado pelo hype gerado em seu redor, Odd Blood acaba por não ser tão grande como se prometia vir a ser. Não deixa de ser um bom disco.

7/10